Gays podem cantar rap?
Por Fernanda Quevedo CUFA MT Cuiabá
Os gays não podem cantar rap. Pelo menos é o que alguns internautas dizem ao se manifestarem em uma enquete promovida no site da CUFA - Central Única das Favelas. A enquete faz a seguinte reflexão: “O que você acha da criação de uma nova vertente do Hip Hop, que teria como representante um grupo de rap formado por homossexuais chamado Gangsta G”?
A enquete foi impulsionada quando a CUFA, mais especificamente um de seus fundadores, Celso Athayde, resolveu produzir um grupo de rap gay, o “Gangsta G”. Desde então, a site já recebeu vários comentários dos internautas como os seguintes:
“Cara, vocês da CUFA estão loucos? O Hip Hop é associado ao crime, imagina essa de gay agora? È fim do rap!”
Ou ainda:
“O verdadeiro hip hop que foi criado por Kevin Donovan (África Bambaataa), tinha como principal objetivo, pregar a igualdade entre todos os seres-humanos, por isso acreditamos que no verdadeiro hip hop, não pode haver pré-conceito em nenhum sentido, pois já fomos e somos muito descriminados pela sociedade desde inicio da sua história!!!!”
O curioso é que o numero de e-mails recebidos de pessoas que se posicionam contra o Rap Gay é assustador. Mais assustador ainda, são os comentários do tipo “homossexualidade é pecado, é contra as leis de Deus”.
Para quem não sabe, o Hip Hop possui em sua essência, a luta por igualdade e a manifestação do excluídos, em especial os negros das periferias do mundo. Mas possui também uma característica homofóbica e machista. Contudo, Celso Athayde, produtor do ‘Gangsta G’ fala de seu projeto como "um grupo de homossexuais assumidos que cantam rap, no maior estilo cara feia". Ressalta que será uma ótima oportunidade para os machistas se manifestem. "Será uma boa chance para o Hip Hop, que por excelência luta por igualdade e o fim dos preconceitos, exercer seu papel. Celso ressalta ainda que não tenho medo de ser criticado.
Sobre o assunto MV Bill declara: “Piora se for preto, aumenta se for pobre e isola se for da favela”. Danillo Bittencourt, presidente da Central, que á baiano e gay fora do armário, vem promovendo debates dentro da organização, e direcionando-o efetivamente: A CUFA se tornou parceira da Campanha Não a Homofobia. “Aderir à campanha Não Homofobia é assumir um compromisso com a diversidade que, também, existe dentro das favelas. Com esse apoio estamos voltando nosso olhar para a diversidade. Assim como há negros em favelas, há brancos, há mulheres e há homossexuais”, explica Danillo.
E você, o que acha?
Um comentário:
Eu canto gangsta rap e penso o seguinte, a palavra gangsta é que + complica neste grupo, por que gangsta não tem nada ver com HipHop, gangsta é contrario a idéias do HipHop é crime, a banalização do gangsta fez que muitos não entende se o ideal do gangsta, não é um carro, não festa, não é dança, + é sim treta, drogas, tiros e morte, a vida marginal narrada e palavras, a palavra do crime. Que canta gangsta não esta interessado a salvar ninguém na maior parte das vezes, que + que todos morram, o gangsta evolui para o horrocore por ter o mesmo idéia, tipo morte sem censura, terror sem censura gangsta é isto. O Gangsta não tem nada ver com Hiphop
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